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Ferritina alta, como interpretar?

  • Dra Mari Cassol
  • 4 de dez. de 2021
  • 2 min de leitura

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A ferritina está presente muitas vezes na listagem dos exames rotineiros solicitados por alguns médicos. Por conta da grande prevalência de obesidade, síndrome metabólica e diabetes, que são reconhecidamente doenças que cursam com aumento da atividade inflamatória no organismo, é muito comum detectar-se aumento dos níveis de ferritina nos exames de sangue na população. Pois, a ferritina é uma proteína que serve como reservatório de moléculas de ferro no organismo, mas também é uma proteína que se eleva em diversos processos inflamatórios. Então quando está alta não quer dizer que a pessoa tenha problemas com excesso de ferro, o aumento da ferritina SEM excesso de ferro no organismo pode corresponder a até 90% dos casos.


Ao nos depararmos com elevação nos níveis de ferritina, a preocupação é de que seja descartada a hemocromatose, que é uma doença metabólica (de base genética ou não) que provoca aumento da absorção de ferro pelo intestino, nesses casos o excesso de ferro se deposita ao longo do tempo nos tecidos causando danos em diversos órgãos, como: fígado (cirrose), pâncreas (diabetes), coração (arritmias), hipófise, testículos (hipogonadismo), além de escurecimento na pele e problemas nas articulações. Portanto, nos casos de ferritina elevada: > 1000 ng/ml, a avaliação da saturação da transferrina (grau de ocupação de ferro na proteína que o transporta no sangue) deve ser avaliada. Se a saturação estiver alta – somente nesses casos, pode ser necessária a avaliação do hematologista, para realização de testes diagnósticos adicionais para detectar a sobrecarga de ferro e tratamento com sangria.


No entanto, a hemocromatose é bem menos frequente que as demais causas de hiperferritinemia, então a abordagem clínica deve ser direcionada para o diagnóstico e ajuste das condições patológicas que promoveram a elevação da ferritina e não para a realização de sangrias, pois na maioria das vezes não há sobrecarga de ferro.


Causas mais comuns de ferritina alta SEM sobrecarga de ferro:

  • Obesidade e Síndrome Metabólica;

  • Diabetes tipo 2;

  • Esteatose, Esteatohepatite ou Hepatites virais;

  • Abuso de álcool;

  • Infecções;

  • Hipertireoidismo;

  • Condições inflamatórias agudas e crônicas.

 
 
 

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Dra. Mari Cassol 

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