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Excesso de peso cada vez mais cedo

  • Foto do escritor: Fernanda P Silva
    Fernanda P Silva
  • 7 de ago. de 2015
  • 2 min de leitura

Dados atuais dizem que mais de 50% da população adulta jovem têm excesso de peso, ou seja tem índice de massa corpórea (IMC) maior do que 25 kg/m², tanto homens quanto mulheres. Mas, quando se fala em obesidade, IMC acima de 30 kg/m², são 17% das mulheres e 15% dos homens, no Brasil.


A faixa etária na qual mais cresce em número de obesos é a da infância e da adolescência. Crianças de 5 a 9 anos registram crescimento dos índices de 300% nos últimos inquéritos, o que terá um impacto muito importante no futuro, porque uma criança obesa possui alto risco de se tornar um adulto obeso. Já se encontra hipertensão em jovens por conta da obesidade. Alguns autores sugerem que essa geração deverá ter a expectativa de vida menor que a de seus pais em consequência da disseminação das doenças cardiometabólicas.


A prevenção da obesidade é muito complicada. Existem estudos que mostram que seria bom trabalhar com crianças, já que é nessa faixa etária que a obesidade mais aumenta, incentivando-as a praticar atividade física, melhorando a merenda escolar, tentando ensinar aspectos relacionados à nutrição para que elas possam ser multiplicadoras. A melhor maneira de conter a epidemia é prevenir a obesidade, ou seja, não esperar o indivíduo chegar a ser obeso.


As diretrizes da Abeso defendem que o indivíduo que esteja com IMC acima de 25 kg/m² já deve ser tratado com dieta, atividade física e acompanhamento comportamental. Para aqueles com IMC superior a 25 kg/m² e uma doença associada ou IMC maior que 30 kg/m², indica-se o tratamento farmacológico, porque o grau de obesidade já é alto e traz riscos. Aumenta o risco de uma séria de doenças, diabetes, hipertensão, dislipidemias, apneia do sono, doenças osteoarticulares e câncer também, não somente as cardiovasculares. O aumento da incidência de câncer no obeso é pouco conhecido, mas é o segundo principal fator de risco evitável de câncer; o primeiro é o tabagismo. E o câncer mais associado para as mulheres é o de útero.


O tratamento é um tripé: dieta, atividade física e terapia medicamentosa. Para aqueles pacientes com falência ao tratamento clínico e obesidade grave, com IMC maior do que 40 kg/m², pode-se ainda indicar o tratamento cirúrgico. No geral, com dieta e a atividade física é possível perder peso, porém com a associação da medicação a perda de peso é maior. É importante desmistificar o tratamento da obesidade.


Muitas pessoas ainda acham que o tratamento é feito com fórmulas magistrais, com hormônios, diuréticos, laxantes, calmantes, mas essas são consideradas má prática médica. Muitas vezes o paciente se sente culpado por usar remédio, porque ele acredita que a obesidade não é uma doença, que na verdade ele é que é guloso, que não tem força de vontade e por isso vai tomar remédio para emagrecer, como se a obesidade fosse tão somente um problema psicológico e comportamental.


É importante saber que isso não é verdade, que existe uma série de estudos que mostra mais de 250 alterações genéticas que favorecem a obesidade. É uma doença e não um problema psicológico, por isso a obesidade merece um tratamento que deve ser incentivado com o devido acompanhamento médico.


 
 
 

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Dra. Mari Cassol 

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